Kerlon fazendo foca no cruzeiro |
Às vezes acontecem umas coisas no futebol que nada tem haver com o 22 caras correndo atrás da bola. Nesses últimos dias houve mais manchetes sobre o título de 87, a taça das bolinhas, o clube dos 13 e a falta que o Gordinho Fenomenal faz ao futebol, do que sobre os jogos dos regionais, copa do Brasil e Libertadores. Essa audiência é meio estranha, né? Parece que dá importância ao motivo errado.
Há alguns anos atrás surgiu um garoto que também virou manchete. Se destacou de uma forma inusitada. Também me pareceu darem importância ao motivo errado. Gols? Assistências? Movimentação? Estilo de jogo? Não. Kerlon, jovem atacante do Cruzeiro, se notabilizou por aplicar um drible tosco nos zagueiros: de repente jogava a bola pro alto, equilibrava a redonda na testa e saía correndo. Como a mídia se diverte com coisas inúteis (o BBB é o programa de maior audiência da tv brasileira...), lógico que o menino Kerlon ficou famoso. Ganhou até apelido: foquinha.
A palhaçada estava formada. Era só o atacante pegar na bola que todo mundo esperava que ele atacasse de foquinha (e não é que as vezes ele conseguia mesmo passar pelos zagueiros equilibrando a bola na testa!?). Kerlon não jogava lá essas coisas, mas de tanto falarem dele e meterem aquele velho papo de "Isso que é o futebol brasileiro! Essa irreverência! Essa alegria..." os europeus meteram a mão no bolso.
Kerlon fazendo foca na seleção |
Bem, uma coisa é certa: o time de Curitiba tratou a vinda de Kerlon como a maior contratações dos últimos tempos, também, pudera, animais adestrados como poodles pulando em bambolês em chamas e focas equilibrando bolas no nariz são sempre shows emocionantes. E eu pensando que a maior bizarrice do campeonato paranaese era o Paulo Baier com 57 anos fazendo chuver. Essa seara promete!
Kerlon fazendo foca no Parané Clube |
Jônatas Amaral
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