sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Irrazabálram o Vasco


Puuuutz, já sei, vamos contratar esse lateral gringo? O cara é bom! Vai chegar arrebentando no Brasileirão. A onda agora não é gringo? Então!


Provavelmente foi o que matutou a brilhante cúpula de futebol do Vasco da Gama ao assinar com o lateral-direito Julio Irrazábal. O atleta foi tido como solução pelo técnico PC Gusmão (que por sinal acaba de ser demitido por Dinamite...) após ouvir conselhos de ex-craques paraguaios:
- É um jogador que se destacou bastante no Cerro Porteño. Conversei com o Arce e o Gamarra, trabalhei com um no Palmeiras e outro no Corinthians, para saber as informações e foram as melhores possíveis - revelou o treinador após conversas com Gamarra e Arce, que em terras guaranis são equivalentes à Beckenbauer e Leandro, respectivamente.

Yo era feliz y no sabia!

PC só ouviu elogios à Irrazábal. Mas além da dupla paraguaia, quem mais foi consultado? A mãe do lateral? Poxa, mi hijo es super gente fina! O Dono da padaria que ficava em sua rua? El nunca há pagado fiado!
Hoje Irrazábal é apenas a terceira opção para o setor direito vascaíno. Terceira! Nesse timásso do Vasco! Complicado, né? O camarada conseguiu não ser escalado nem no time RESERVA do COLETIVO. O paraguaio participou de 5 partidas do time de Saint Janú no Brasileiro de 2010 e foi vaiado em 3 delas, pelo menos. Algo me diz que rolou uma treta da Ponte da Amizade nisso ai. Gamarra e Arce agiram de má fé e empurraram muamba caravela abaixo.

Irra pastando em São Janú


Vasco is on fire! Uma contratação sem explicações atrás da outra. Felipe, por exemplo, só não fará parte deste blog, pois já conquistou um Brasileiro e uma Libertadores e isso aqui, amigo, é um blog coeso! E o meia Cazabé não entra porque pretendo manter o alto nível jornalístico.

Outro nome cogitado para a lateral do Vasco seria o de George Lucas, ex-Santos, mas Irrazábal venceu a queda de braço. Cá pra nós... Era melhor o Time da Colina ter optado pelo retorno de Jedi. O Lado Alvi-Negro da Força agradeceria.

Leonardo Borges

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Em Terra de Burrito, quem tem um Lucio Flávio é rei


3 caras, nos últimos anos, se tornaram figurinhas clássicas do plantel botafoguense: Leando Guerreiro, Alessandro e o maestro, Lúcio Flávio. Os três estão no clube desde 2006, ano em que o time dirigido por Cuca surpreendeu o Rio e o Brasil com um futebol dinâmico, vencendo o estadual e tendo um bom desempenho em várias competições. Guerreiro é o que desfruta de mais prestígio e, ao trocar General Severiano pelas Minas Gerais, entristeceu a torcida. Alessandro é aquele jogador "entre tapas e beijos". Da arquibancada só vem vaias, mas o cara é titular há mil anos e, ao que tudo indica, também o será em 2011. Agora, o maestro, bem, o maestro é sobre quem falaremos...

O que a torcida alvi-negra reclamava em relação a Lúcio Flávio era sua postura em campo. Sendo ele o camisa 10, capitão, líder do grupo, o meio-campista se mostrava sempre muito reservado, contido, para alguns até abatido; parece que estava há dois dias de jejum, ou tinha descoberto que sua mulher estava lhe traindo... sempre muito cabisbaixo, coitado.

Pois bem, depois de 5 anos no clube, o pálido meio de campo meteu o pé. Foi para o Atlas do México. O time do quintal dos EUA mostrou interesse no jogador e ele, que não é bobo, foi embora sem olhar pra trás, já que aqui o bicho tava pegando pra ele. Lúcio Flávio foi vaiado diversas vezes por sua própria torcida na temporada de 2010.

Mas vejam vocês, amigos, como foi a chegada do passador-de-bola em terras mexicanas! A manchete do jornal dizia que tinha chegado ao Atlas "El Pelé Blanco!". Não sei se você fala espanhol, então vou traduzir: "O Pelé Branco!". E quando diz Pelé, eles querem dizer o Edson mesmo, entende? Aquele tricampeão do mundo com a Seleção, o maior artilheiro da História, o Atleta do Século!

Bem, certamente a maior merda que um jornal mexicano já escreveu!

Parece aqueles filmes no estilo Indiana Jones. Quando o cara chega numa tribo selvagem quase sempre africana, a tal tribo, cheia de pinturas pelo corpo semi-nu, acha que o forasteiro é algum tipo de deus, de modo que logo todos se ajoelham e o adoram! Eu não sei se os mexicanos entendem muito de futebol. Possivelmente eles nunca viram Lúcio Flávio jogar; Possivelmente eles não sabem quem é Pelé; Possivelmente o Pelé que eles estão falando é outro Pelé!

Só uma coisa é certa: eles não parecem ter percebido que fizeram uma baita contratação esdrúxula...

Jônatas Amaral

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Segura esse PERU, Kalil!


Motivação
Verdade seja dita, Fábio Costa é um goleiro vitorioso. Foram 3 Campeonatos Baianos, 2 Copas do Nordeste,  3 Paulistas  e 2 Brasileiros (lembrando que o de 2005 foi brilhantemente ganho pelo arbitro  Márcio Rezende de Freitas ).  Mesmo com todos esses feitos, o goleiro sempre foi lembrado por seu comportamento explosivo extra-campo. De uns tempos para cá Fábio Costa tem comprometido também dentro de campo. Frangos, perús e o que há mais de aviário no futebol têm feito parte da rotina do arqueiro. Isso, combinado com sua relação complicada com as torcidas dos clubes que defende, gera um certo temor por parte dos clubes interessados. Mas medo é uma palavra que o Fanfarrão, twitteiro mor de Belo Horizonte Alexandre Kalil desconhece.

O presidente do Clube Atlético Mineiro tem sido uma espécie de Eurico Miranda da República do Leite. Fala pra diabo, ironiza pra burro e resolve pro Cruzeiro. Sim, porque desde 2008 não fez nada além de dar alegrias ao maior rival. Tudo bem, ele ganhou um campeonato mineiro ano passado. Mas, peraí. Gastar o equivalente 3 Mega-Senas durante esse tempo todo pra ganhar UM mineiro?
Kalil é secundário aqui. Fabio Costa é nossa estrela.

O Atlético Mineiro resolveu investir no jogador, a pedido do “pofexô” Luxemburgo e mais uma vez matou a massa atleticana de vergonha.

Fábio Costa tem contrato com o Santos F.C. até dezembro de 2013, mas no meio do caminho, foi emprestado ao Galo na esperança de que o goleiro voltasse a seus bons momentos.  Ele foi afastado do elenco santista, mesmo aceitando redução salarial e também sofreu uma fratura no pé, situação recorrente em sua carreira.

Apesar de todo o aspecto negativo, Fábio Costa foi para Minas, mesmo após afirmar que encerraria sua carreira em Santos.

Alguem Falhei, não sei quem fui


O resultado? Não podia ser diferente.  Kalil e seu bonde do pão de queijo querem rescindir o empréstimo do goleiro-problema. Querem levá-lo de volta à terra do Charlie Brown Jr, já que o goleiro Renan Ribeiro tomou de bicho a vaga do baiano e praticamente sacramentou o desdém da diretoria por nosso astro.

O Neymar Futebol Clube por sua vez não quer saber de nada.  O clube afirma que o atleta está vinculado com o Galo mineiro até dezembro. Ou seja,  segura essa P*** aí,  Joe!
Nesse jogo de empurra quem perde é o torcedor, que não vai poder ficar ligadinho nas travessuras e confusões do barulho em que se mete Fábio Costa. Os programas esportivos sensacionalistas perderam em emoção.

UFC: Novo destino?


Se nenhum clube se decidir a tempo, o futebol corre sério risco de perder um de seus grandes nomes para o mega empresário do esporte Dana White, dono da p**** toda no Ultimate Fighting Championship. Ao Dana, fica a dica.

Abraço,
Leonardo Borges

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Momento Figurinha Prateada

Chegou a hora de um de nossos grandes astros.
Um dos raros momentos de felicidade

Finalmente o C.E. presta uma homenagem ao craque mais requisitado pelos milhões de e-mails que recebemos semanalmente.
Sem mais delongas, lhes trago VAL BAIANO. Um dos grandes nomes do futebol calhorda da atualidade, Oswaldo Félix Souza nasceu em 7 de abril de 1981 e também atende pela alcunha de Val Baiano e mais recentemente Valbulani, em alusão a esfera usada durante a Copa do Mundo em 2010, na África do Sul.

Confesso aos leitores que aguardava impacientemente seu desligamento do elenco rubro-negro, para que Val pudesse fazer parte do seleto grupo de craques desde blog.  Digo isso pois não considero totalmente fracassada uma passagem que ainda não chegou ao final e, aqui nesse blog só há espaço para os fracassados, tá pensando o que?? Ou os potencialmente fracassados.
Rubro-negros, alvi-negros, tricolores, alvi-verdes, azuis, zombaram do rapaz durante toda a temporada de 2010. Mas eu, um forte defensor da redenção, aguardei até o limite para poder achincalhá-lo aqui. Bom, agora chegou a minha vez.
De fora!

O que estava pensando o pobre diabo quando abriu a boca para dizer que “leva azar nos anos pares, mas se dá bem em ano impar”? Quer dizer então que no ano que vem o atleta não sairá de casa ou atuará como gandula? Você presidente de clube, você empresário corrupto, vocês, Assisis do meu Brasil, essa é a hora! 2011 gente, ano do garoto brilhar novamente. Deixa o menino Jogar. Em 2009 ele fez 2.389.456.789.001 de gols pelo Barueri! O feitiço é real! Pedia tanta música no fantástico que virou sub-diretor de trilhas sonoras da Som Livre.

Tá de sacanagem, né meu querido? Pra cima de moi?

A passagem de Vandaval Baiano pela Gávea foi sofrível.  Mas isso é culpa dele? Não!  Em algum momento o atacante virou para dona Patrícia e seu Zico e disse: “Paty, Alteza, podem me levar porque eu jogo pra Ca#¨&*ráleo”? Não!


Mais uma trapalhada de dirigentes de futebol que enfurecem sua torcida e divertem os adversários. Como não falo por falar, vamos aos números:
Oval Baiano fez 3 gols em 16 jogos pelo Flamengo, colecionou gols perdidos e declarações inusitadas: 



"Falta um pouco de sorte. Tem fase que o atacante chuta em cima da linha e a bola vai para fora. Em outras, chuta errado, a bola bate no goleiro e entra. Confio em Deus. Acho importante rezar e orar. Não gosto de macumba. Se fosse do bem, seria boacumba. Quem sabe jogar água benta nas traves da Gávea."
Ah tá, Oswaldo. Então a culpa é das traves da Gávea? Se fossem da altura das traves do campo do New England Patriots e da largura do vão central da ponte não teria problema, não é?

No início da semana a diretoria urubalda anunciou o fim do casamento com o artilheiro de Baruerí que, segundo o contrato, iria até dezembro de 2011. Nem Vanderlei Luxemburgo, o técnico mais paciente com jogadores que não dão em nada, aguentou seu futebol minimizado.  Resultado: dinheiro jogado no lixo.
 O Flamengo é PHD nesse tipo de contratação. Vocês,  amantes do C.E.,  podem aguardar, pois tem muito mais tragédia rubro-negra  e  multi-colorida por vir.

Aquele abraço e, parafraseando M. Bianchi:
“Qualquer dia, pinto aí!” 

Leonardo Borges

domingo, 2 de janeiro de 2011

Rubro-Alvi-Negro-Verde: tá tudo em casa!


O Brasileirão tem disso: às vezes, o artilheiro da seara é o atacante de um time inexpressivo que acaba, sabe Deus porquê, numa fase absurda, fazendo uma pá de gols. "Nossa, aquele rapaz do Paraná tá fazendo gol em todos os jogos, né!?" - era o comentário que mais se escutava durante o Brasileiro de 2007. O segundo comentário que mais se escutava era "Pode esperar que esse aí o Flamengo vai comprar..." E comprou mesmo. Josiel super mullet veio pro Fla em 2008.

Quem acompanha futebol para além dos jogos de seu time, sabe facilmente do que esse comentário trata. O rubro-negro carioca tem uma tática de contratação que vem se repetindo anos a fio - o que não quer dizer que tal tática jamais alcançou resultados satisfatórios, mas enfim - que é muito simples: comprar o artilheiro do Campeonato Brasileiro anterior.

Parece ser uma estratégia inteligente, né? Mas tem um detalhe: o Flamengo só contrata os artilheiros que são marotos, bizarros, zé-ninguéns, bizonhos, muquiranas. Se o Romário foi o artilheiro de 2001, não quer dizer que o arqui-rival o contratará em 2002. Se o Keirrison foi artilheiro em 2008, não quer dizer que o Flamengo vá comprá-lo em 2009. Agora, se o Dimba foi artilheiro em 2003, é lógico que ele vai pintar na Gávea em 2004! Entendeu a coerencia? É por aí...

E nessa diretriz administrativa da cartolagem rubro-negra, uma relação inter-clubes se destaca: Flamengo e Goiás. Sãos dois perfis que se encaixam: de um lado, o alvi-verde, por uma dessas coisas inexplicáveis do futebol brasileiro, tem uma sorte pra arrumar artilheiros que eu nunca vi! Do outro lado, o Flamengo, um prazer masoquista em trazer um pobre-coitado do centro-oeste pra jogar em estádios lotados, sair no jornal todos os dias e ser vaiado por qualquer gol perdido.

Esse romance começou no começo da década de 90. Lúcio Bala (lembra dele?), revelação do Goiás, abalou o Brasileirão de 96 e desembarcou no Rio de Janeiro pra ser o companheiro de ataque do rubro-negro carioca, ao lado de Romário, o melhor do mundo 2 anos antes. Lógico que foi um fiasco. Lógico! Hoje, Lúcio joga a série C pelo Paysandu - triste.

Lição aprendida? Não, Lúcio Bala foi uma jogada de azar! Em 2003 ia dar certo! Ano em que se consagrou o artilheiro mais feio e de nome mais jumbrega da história do futebol tupiniquim - Dimba - o Flamengo atacaria de novo. Em 2004, o galã Dimba chegou de mala e cuia no Rio para ganhar um salário indigesto e sair escurraçado por diretoria, mídia e torcida, meses depois, com 14 gols em 37 jogos.

Nesse negro-ano de 2004, Dimba foi do mesmo grupo de um outro atacante, também de nome esquisito, também revelado pelo Goiás, também muito ruim de bola - Dill. Pobre Dill, mais um perrapado que brilhou desordenadamente em um campeonato goiano e foi jogado no Flamengo. Mais um fiasco - de lá, foi direto pro Bahia, disputar a série B.

Não acabou! O desengonçado camisa 9, Souza, o que mais anotou golos no Brasileiro de 2006, foi mais uma aposta da diretoria do Flamengo. Pra resumir a história: só 6 gols no Brasileiro de 2007; 3 gols no Brasileiro de 2008. E gritos de "Obina" vindo da torcida. Souza aproveitou a oportunidade do futebol grego e meteu o pé (Fez bem, jogador ruim tem que priorizar a grana mesmo, antes que as pessoas percebam que ele não joga nada!).

A relação do Flamengo e Goiás é histórica no futebol. Talvez não tão famosa pro Brasil, mas a torcida do Flamengo com certeza sabe muito bem dela - sabe como é né, "quem apanha não esquece". Lúcio Bala, Dimba galã, Dill, Souza bonecão do posto. Constratações esdrúxulas que mostram que esses fiascos que tanto vemos por aí, são muitas vezes (muitas vezes!) fruto da incompetência dos dirigentes. Incapazes de aprender com experiências anteriores, eles continuaram comprando, gastando, afundando times.

Mas o Rafael Moura hein!? Bem que cairia bem no meu time...
Jônatas Amaral