segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Em Terra de Burrito, quem tem um Lucio Flávio é rei


3 caras, nos últimos anos, se tornaram figurinhas clássicas do plantel botafoguense: Leando Guerreiro, Alessandro e o maestro, Lúcio Flávio. Os três estão no clube desde 2006, ano em que o time dirigido por Cuca surpreendeu o Rio e o Brasil com um futebol dinâmico, vencendo o estadual e tendo um bom desempenho em várias competições. Guerreiro é o que desfruta de mais prestígio e, ao trocar General Severiano pelas Minas Gerais, entristeceu a torcida. Alessandro é aquele jogador "entre tapas e beijos". Da arquibancada só vem vaias, mas o cara é titular há mil anos e, ao que tudo indica, também o será em 2011. Agora, o maestro, bem, o maestro é sobre quem falaremos...

O que a torcida alvi-negra reclamava em relação a Lúcio Flávio era sua postura em campo. Sendo ele o camisa 10, capitão, líder do grupo, o meio-campista se mostrava sempre muito reservado, contido, para alguns até abatido; parece que estava há dois dias de jejum, ou tinha descoberto que sua mulher estava lhe traindo... sempre muito cabisbaixo, coitado.

Pois bem, depois de 5 anos no clube, o pálido meio de campo meteu o pé. Foi para o Atlas do México. O time do quintal dos EUA mostrou interesse no jogador e ele, que não é bobo, foi embora sem olhar pra trás, já que aqui o bicho tava pegando pra ele. Lúcio Flávio foi vaiado diversas vezes por sua própria torcida na temporada de 2010.

Mas vejam vocês, amigos, como foi a chegada do passador-de-bola em terras mexicanas! A manchete do jornal dizia que tinha chegado ao Atlas "El Pelé Blanco!". Não sei se você fala espanhol, então vou traduzir: "O Pelé Branco!". E quando diz Pelé, eles querem dizer o Edson mesmo, entende? Aquele tricampeão do mundo com a Seleção, o maior artilheiro da História, o Atleta do Século!

Bem, certamente a maior merda que um jornal mexicano já escreveu!

Parece aqueles filmes no estilo Indiana Jones. Quando o cara chega numa tribo selvagem quase sempre africana, a tal tribo, cheia de pinturas pelo corpo semi-nu, acha que o forasteiro é algum tipo de deus, de modo que logo todos se ajoelham e o adoram! Eu não sei se os mexicanos entendem muito de futebol. Possivelmente eles nunca viram Lúcio Flávio jogar; Possivelmente eles não sabem quem é Pelé; Possivelmente o Pelé que eles estão falando é outro Pelé!

Só uma coisa é certa: eles não parecem ter percebido que fizeram uma baita contratação esdrúxula...

Jônatas Amaral

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