Quem disse que o atual campeão brasileiro não tem uma conta pendurada no boteco?
Pois bem, o atacante Jociel Ferreira da Silva tem. E várias. O infeliz foi contratado a peso de bronze pelo Tricolor Carioca em 2008, após a perda da Libertadores da América daquele ano.
Mais conhecido como Ciel, a nova esperança de gols tricolor não passou de um grande fracasso.
Porém, o Fluminense não estava levando gato por lebre. O próprio presidente do Ceará avisou que se tratava de um atleta problemático. Ciel sofria de alcoolismo, e por muito pouco não foi levado para os Alcoólicos Anônimos. Até mesmo os torcedores do clube cearense tentaram alertar, através de mensagens na internet, para o tamanho da besteira que a diretoria fidalguista acabara de fazer.
Antes da chegada do “craque”, a diretoria do Ceará recebeu um pedido inusitado da ex-mulher de Ciel. Ela implorava para que fosse aplicada uma multa alta ao jogador, assim ele não teria mais condições financeiras de biritar em excesso, chegar em casa bêbado e ameaçar a integridade da família.
O último aviso foi dado pelo técnico Lula Ferreira:
“O Ciel é um doente. Só faz mal a ele mesmo. Depois do jogo falei pra ele ir pra casa e ele fez exatamente o contrário. E ainda se apresentou bêbado no dia seguinte”
Mas uma vez (a exemplo do primeiro post) o desespero cegou os dirigentes.
Após estrear durante uma péssima fase da equipe das laranjeiras, Ciel mostrou a que veio. Não cansava de perder gols esdrúxulos jogo após jogo.
Ciel ainda divertia os repórteres dizendo que tinha características parecidas com Messi e Cristiano Ronaldo. Será que o atacante Luso e o meia portenho também são bons de bico?
Em março de 2009, a tragédia anunciada foi sacramentada. O Fluminense empurrou o bebum escada abaixo. Jociel deixou o Rio de ressaca e sem um gol pra contar história nos botecos da vida.
A partir daí uma série vômitos sociais desencadeou-se. Ciel deixou o Flu para jogar pelo América de Natal. Com menos de um mês vestindo a camisa dos Diabos do Rio Grande do Norte, o atacante foi acusado de agressão contra uma profissional do sexo. A acusação se confirmou e pau d’ água foi, mais uma vez, enxotado.
A mesma história aconteceu no Paços Ferreira, de Portugal. Sim, PORTUGAL, não é piada. O clube deu uma chance a Ciel, que de novo, fez pouco caso.
"Se eu pudesse eu matava mil, porque sou cabra homi" |
E não é que Deus protege os bêbados? Vindo do Corinthians Alagoano, o atacante de 28 anos disputou o Campeonato Brasileiro da série B pelo Asa de Arapiraca. Com certeza o “Jeremias de chuteiras” reserva fortes emoções para 2011. Haaaaja Engov, amigo.
Leonardo Borges
Leo,
ResponderExcluiragora, sim, estou no lugar certo. E, repito o que disse sobre o conto do Brossa. Seu texto está também excelente. Solto e leve, curto e objetivo, como devem ser em geral os textos sobre futebol. Todavia, no caso do Ciel, por tão triste e emblemática a história do cara (um Garrincha que não deu certo?), talvez fosse o caso de voltar ao tema mostrando o lado trágico da história dele, comprando-a a outros tantos atletas com destino semelhante no Brasil. O que acha? Abraços e parabéns pelo belo blog.
Onde escrevi "comprando-a", óbvio, quis dizer "comparando-a". Desculpe-me, abraços do velho Niva.
ResponderExcluirÉ sempre bom ouvir elogios e conselhos de um profissional no seu nível, Niva! ( Olha a cacofonia ae geeeente)Sua ideia é interessante, mas como o intuito do blog é relembrar as más escolhas feitas pelos clubes, terei que abrir um parêntese para tratar dos bebuns do futebol. O que é uma ótima ideia para um "especial" por exemplo. Muito obrigado pela visita e pelo comentário, sua opinião aqui é muito bem vinda. Grande abraço!, Leo Borges
ResponderExcluirO Ciel nem era mau jogador, era rápido e habilidoso, apesar de finalizar mal. O alcoolismo ferrou com a carreira dele. Aliás, vocês se lembram do Valdiram? Outro exemplo parecido. Também sugiro Horácio Peralta(o craque do DVD) e Maxi Biancucchi(o primo de Messi)
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