quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Zárate: o futebol é cego


Todos sabem que o futebol brasileiro foi invadido por uma safra de jogadores argentinos de altíssima qualidade. Tevez, Conca, D’ Alessandro, Montillo, recentemente, representaram muito bem a classe dos hermanos bons de bola. Mas nem só de craques vive a terra da Casa Rosada.
Em 2008, o Botafogo, trouxe uma bola que era um bom hermano. Tido, por mim mesmo, como um dos jogadores mais gordos a jogar por um time brasileiro, Leandro Sebastián Zárate, foi contratado por mais de 1 milhão de reais junto ao União de Santa Fé, time da segunda divisão argentina, para ser o novo goleador da equipe. Pode parecer pouco para um grande clube (afinal são 2 por 1), mas o Glorioso perdeu completamente a linha e arrumou mais um contra-peso para o elenco.
Zárate era simplesmente horroroso. E gordo. Não é preconceito com os gordos, mas futebol profissional não é sumô, muito menos uma pelada de final de semana, onde se pode observar inúmeros "Zárates" desfilando suas panças pela grama sintética.
Em sua estréia contra o Náutico, o filhote de André Marques com Frank Aguiar, foi execrado pela massa alvinegra e virou chacota de torcedores dos demais clubes. O Balofo não conseguia fazer nada em campo, era uma situação constrangedora até mesmo para quem não torcia pelo botafogo.
Entre uma partida e outra Zárate voltava para a argentina sem avisar e tocava o terror nas lanchonetes cariocas. Campeão de notificações em um curto espaço de tempo, ele parecia mesmo forçar sua saída de Garrinchópolis, causando um misto de raiva e alívio entre os botafoguenses.
Perguntas ficam no ar. O que levou a diretoria do Botafogo a contratar esse cidadão? Será que Zárate foi descoberto numa churrascaria? O dirigente responsável pela negociação sofria da mesma doença que o personagem de Jack Black em “O amor é Cego”?


O fato é que Leandrito fugiu rolando de General Severiano, alegando problemas familiares e nunca mais foi visto. Uns dizem que ouve desrespeito da diretoria, outros que ele fugira da conta exorbitante que havia aberto na lanchonete do clube, mas nunca saberemos o que realmente aconteceu. Fontes seguras afirmam que o jogador ia de ônibus para o treino, pois não recebeu um centavo do Botafogo. O mais engraçado de tudo é que o atacante foi emprestado por apenas 90 mil reais para um clube sem-noção da argentina.
Leandro Sebastián Zárate com o uniforme do Botafogo.

O resumo de sua obra foram 2 gols em 8 jogos e o título de argentino mais esdrúxulo do futebol brasileiro, arrancado das mãos do tenebroso ex-zagueiro do Corinthians, Sebá.
Esse post me deu uma fome...



 Leonardo Borges

Um comentário:

  1. Cara, eu encontrava o Zarate o tempo todo ali no Rio Plaza. O maluco so tava de role mesmo pela cidade!!!

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